sábado, 27 de novembro de 2010

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O nosso olhar

Eu te olho
E tu me olhas
Ambos baixamos as pálpebras
Não dizemos nada
E dizemos tudo
O nosso olhar
Às vezes parece falar
As mais lindas palavras
Que só o nosso coração
Pode escutar
Não usamos palavras
Para nos comunicarmos
E nem é preciso
Os olhos, falam por nós.

                                                                                                                 (Genivaldo Lima)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

genivaldo

Meus pensamentos te procuram

Mais um dia se passou
E não encontrei o meu amor
Então acabei me perdendo
Nas ilusões dos meus pensamentos
Pensamentos estes, que vagueiam
À procura do teu encanto
E me fazem vangloriar
Quando te encontram
Embora, nesse momento
Eu te encontre só em pensamentos
Para mim, já é um contentamento
Agora pense bem
Se em pensamento, você me deixa encantado
Imagine, quando eu estiver ao teu lado.

                                                                                                     (Genivaldo Lima)

genivaldo

Vida de lavrador

Suas mãos calejadas
De tanto lidar com a enxada
Trabalha de sol-a-sol
Quando acorda, ainda é madrugada
Cedo toma o café
E segue na lida com fé
pega o velho chapéu de palha
E sai pra velha batalha
Seu cachorro o seu companheiro
Lhe acompanha o dia inteiro
Nessa longa jornada
Na rotineira caminhada
Prepara o terreno roçado
E começa a semear
Depois é cultivar
E esperar nascer o que foi plantado
Plantou de tudo, o velho agricultor
Agora volta pra casa, vai descansar
A sua vida é labutar
Essa é a vida de lavrador.

                                                                                                                                  (Genivaldo Lima)
                                                                                                                                                                               Dezembro,1997

genivaldo

O crepúsculo

O sol parece brasa no poente
Após um dia cintilante
Poucas nuvens e raios flamejantes
Agora parece descansar atrás dos montes
Devagarzinho vai sumindo no ocidente esbrasante
Colorindo e deixando o céu ofuscante
As aves, em bandos procuram descansar
A pálpebra do dia já vai fechar
Ao longe, sol e solo parecem se tocar
A orla terrestre
Confunde-se com a abóbada celeste
A lua logo vai aparecer
Vem à noite, o escurecer
À medida que, recua o crepúsculo do entardecer.

                                                                                                                   (Genivaldo Lima)
                                                                                                                    Dezembro, 1997

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fim

Decidi acabar tudo
Chega de sofrimento e de dor
Chega de tanto absurdo
Quero viver em paz
Não quero mais teu amor
Quero deixar tudo para trás
Construir uma vida nova 
Começar tudo de novo
Não adianta insistir 
Pois já me decidi
O nosso caso termina aqui
Diz o velho ditado:
" Melhor só, do que mal acompanhado".
Por isso, é o fim, entre nós tudo acabado.

                                                                                                                                                    (Genivaldo Lima) 
                                                                                                                       Janeiro, 1998

terça-feira, 16 de novembro de 2010

genivaldo

Pérfida

Sem remorsos me engana
Com a tua arte manha
Juras a verdade
Mas é dona da falsidade
sem nem uma vergonha
continua negando
Mas a sua manha
Não está adiantando
Não acredito mais em você
E não adianta chorar
Tudo o que disser
Em nada vou acreditar
Pérfida, como és ingrata
Enquanto eu te amava
Você me enganava
Tanto amor que te dei
Mas, sinceramente não sei
O motivo que te fez mudar
Ao ponto de deixar
Um grande amor se acabar
Chega de mentiras
Chega de enganação
Eu te dei amor e alegria
E você, só maltratou o meu coração.

(Genivaldo Lima)
Dezembro,1997

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

genivaldo

Menor abandonado

Quem tu és?
Sou o menor abandonado
Sou filho de pais desnaturados
Que talvez por serem injustiçados
Acharam que eu era o culpado
Onde vives?
Vivo por aí
Meus caminhos são incertos
Não tenho destino certo
Hoje aqui, amanhã ali
Por que deixaste o teu lar?
Cansado de tanto apanhar
resolvi que na rua eu ia morar
E para casa, nunca mais ia voltar
O que comes?
Às vezes nada
Às vezes um pedaço de pão
Que roubo, ou acho pelo chão.

                                                                                                           (Genivaldo Lima)
                                                                                                               Dezembro, 1997

domingo, 14 de novembro de 2010

genivaldo

genivaldo
Enfermo

Tenso, me sinto
Tento, insisto
Mas não consigo
A minha vida corre risco
A minh'alma desiste
Sem forças e contriste
Se entrega ao dissídidio
Do amor e do ódio
Quem me amou, amei
Quem me odiou, perdoei
Me perdoem, quem odiei
A vida se desfaz
Num simples suspirar
Ela pode acabar.

Genivaldo Lima
(Dezembro,1997)

genivaldo

Quem sou?

Um dia, não muito distante
Eu fui feliz, e tinha uma família
Levava a vida em harmonia
Era uma pessoa fascinante
Tinha amigos de verdade
Amigos do peito, grandes amizades
Tinha o meu trabalho
No fim do mês meu salário
Hoje, não tenho felicidade
A minha família, não sei
Meus filhos cresceram, não vi
A minha vida é uma infelicidade
Meus amigos se afastaram
Perdi o meu trabalho
Meu salário, cortaram
A vida se tornou um baralho
Outro dia, quando acordei
Estava deitado, ou melhor, jogado
Em uma calçada que nem sei
Como lá cheguei
Tenho tentado sair desse sofrimento
Queria tanto voltar aos bons tempos
E deixar essa vida de lamento
Alguém me ajude!
Alguém por favor me dê atenção
Eu peço, me tirem dessa aflição
Já não sei quem sou
E nem pra onde vou
Só lembro como tudo começou
Tomei a primeira dose
Tomei o primeiro copo
O segundo, o terceiro,...
Não lembro do derradeiro
Assim se deu o incidente
Bebia socialmente
Bebia esportivamente
Agora, bebo viciadamente
Ontem, estava eu jogado
Passavam pessoas e diziam:
- Pobre coitado,...
- Esse aí é alcoólatra, está acabado.
Meus olhos encheram-se de lágrimas
Meu coração ficou amargurado
Em lembrar do passado
E agora, estou arrasado
Oh! Meu Deus que aflição
Ajude-me, tire-me dessa agonia
Faças com que eu recupere a alegria
Livre-me dessa prisão.
             
                                                  (Genivaldo Lima)
                                                                    Janeiro, 1998